O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um dos transtornos de neurodesenvolvimento mais estudados nas últimas décadas. Caracteriza-se por padrões persistentes de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade que interferem no funcionamento acadêmico, social e ocupacional. Segundo o DSM-5, o TDAH inicia-se na infância e pode persistir ao longo da vida adulta, afetando entre 5% e 7% das crianças e cerca de 2,5% dos adultos. Este trabalho tem como objetivo apresentar uma síntese dos principais conceitos, características e formas de tratamento do TDAH.
Definição e critérios diagnósticos
De acordo com o DSM-5, o TDAH está dividido em três apresentações clínicas: Predominantemente desatento, predominantemente hiperativo/impulsivo e apresentação combinada. Os sintomas devem estar presentes em pelo menos dois contextos (como escola e casa ).
Etiologia
O TDAH apresenta forte componente genético, com herdabilidade entre 70% e 80%. Estudos neurobiológicos indicam alterações nos sistemas dopaminérgicos e noradrenérgico, além de diferenças estruturais em regiões frontais responsáveis por
Manifestações clinicas
As manifestações clínicas variam conforme a idade. Em crianças, são comum agitação motora, impulsividade e dificuldades escolares. Em adultos, predominam desorganização, esquecimento e impulsividade emocional.
Impactos sociais e acadêmicos
O TDAH está associado a maior risco de fracasso escolar, baixa estima e dificuldades emocionais ao longo da vida, podendo prejudicar produtividade e relacionamentos.
Tratamento
Recomenda-se uma abordagem multimodal, incluindo psicoeducação, terapia cognitivo-comportamental, intervenções escolares e farmacoterapia com estimulantes ou não estimulantes.
O TDAH é um transtorno complexo que envolve fatores biológicos, psicológicos e sociais. Seu diagnóstico requer avaliação cuidadosa e interdisciplinar, e o tratamento deve ser individualizado. A abordagem multimodal mostra-se a mais eficaz, contribuindo para uma melhor qualidade de vida.
Referências
Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. DSM-5, 2013.




