Ansiedade: quando o corpo expressa o que a mente sente

As mãos tremem, a boca seca, o coração dispara. O sono não vem, a concentração desaparece. Uma agitação estranha toma conta, e qualquer coisa parece motivo para irritação.

Os pensamentos ficam confusos, acompanhados da terrível sensação de que algo ruim está prestes a acontecer, como se a morte estivesse por perto.

Em alguns momentos, o mal-estar é tão intenso que as forças desaparecem: tontura, fraqueza, até mesmo desmaio. A pessoa corre para o hospital, faz exames, e tudo sai normal. Então o médico explica: os sintomas são emocionais. É ansiedade.

Esse quadro representa a experiência de muitas pessoas diagnosticadas com transtorno de ansiedade, e também de tantas outras que ainda não sabem o que estão vivendo.

Mas afinal, o que é ansiedade?

De forma simples, é uma resposta natural do corpo diante de algo novo, inesperado ou assustador. Coloca o indivíduo em alerta, pronto para reagir ao que não conhece. É marcada pelo medo e pela apreensão frente a um perigo que muitas vezes não é real ou não está claro.

Um certo nível de ansiedade faz parte da vida. Mas ela se torna um problema quando passa a ser constante, ocupando boa parte do dia, prejudicando o bem-estar e se manifestando de forma desproporcional ao que realmente acontece.

Alguns sintomas comuns da ansiedade são:

- Tensão muscular

- Palpitações

- Irritabilidade

- Dor no peito

- Sudorese

- Sensação de bolo na garganta

- Dor de cabeça

- Dificuldade para dormir

- Inquietação

- Tontura

- Desrealização (quando o ambiente parece diferente)

- Despersonalização (quando a pessoa não se reconhece)

Esses sintomas afetam não só o corpo, mas também a vida psíquica e social. Por isso, é fundamental buscar cuidado e tratamento. Afinal, embora muitos compartilhem sintomas semelhantes, cada pessoa vive sua ansiedade de forma única e intransferível.

Mais do que falar sobre os sintomas, é preciso ouvir como cada sujeito fala do que sente.

O olhar precisa ir além da lista de sintomas. É sobre a pessoa que sofre.

E por isso, uma coisa é essencial: falar!

Procure ajuda. Não se isole.